HISTÓRICO

Compositor, Pesquisador e Ambientalista, Sergio Vieira foi um dos coordenadores, do PROGRAMA PARAKANÃ (Convênio ELETRONORTE-FUNAI), um projeto de caráter socioambiental desenvolvido junto ao povo indígena Parakanã (Amazônia), cuja população quase foi dizimada nas décadas de 70 e 80 em função dos contatos desordenados com a nossa sociedade. O Projeto foi idealizado e coordenado pelo Indigenista Jose Porfírio de Carvalho, que era Consultor Indigenista da ELETRONORTE, financiadora do Programa Parakanã.
“Quando cheguei à aldeia Paranatinga com o meu violão, os índígenas me pediram que tocasse e cantasse pra eles. Imediatamente começaram a rascunhar poemas escritos espontaneamente no próprio dialeto (parakanã – tupi) e me pediram que os musicasse com ritmos da MPB.” Ao ouvirem as novas canções, os indígenas ficaram em êxtase, o que foi de fundamental importância para o bom andamento do projeto dali em diante. Toda aquela motivação dos Parakanã foi direcionada para a escola indígena, dando início a uma fantástica experiência de intercâmbio cultural que resultou na melhoria substancial da qualidade de vida dos Parakanã, cuja população saltou de cerca de 300 habitantes em 1992 para mais de 1500 indígenas em 2020.
Assista agora o vídeo "Chegando na Aldeia e Compondo com os Indígenas".



Através da escola indígena, que utilizava metodologia inovadora e valorizava as tradições do povo Parakanã, foram implantados diversos projetos nas áreas de: saúde, habitação, educação, produção agrícola, cooperativismo, cultura, sustentabilidade e empreendedorismo, os quais nortearam o processo de recuperação socioeconômica, política e cultural dos indígenas, livrando-os definitivamente do risco de extinção.
Nos últimos Sergio Vieira desenvolve projetos sobre cultura indígena, educação ambiental e desenvolvimento sustentável em empresas públicas e privadas, escolas e universidades através de: consultorias, palestras, vídeo-debates, exposições fotográficas, oficinas e apresentações musicais, abordando a metodologia e estratégias utilizadas no Programa Parakanã.
Veja abaixo algumas imagens de etapas que foram realizadas no projeto:


Sergio ao centro junto a lideranças da Aldeia Paranatinga
                                      
Sergio ao centro índígenas Parakanã na Aldeia Paranatinga

                              
Escola indígena / Aldeia Paranatinga Parakanã 

Construção de casas através da escola indígena


Abertura de estrada ligando a aldeia Maroxewara a Itupiranga


Festa tradicional Parakanã / Aldeia Paranatinga


                                 

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

VOZES SILENCIADAS

Imagem
O livro "VOZES SILENCIADAS", do músico e pesquisador SERGIO VIEIRA  aborda, a partir do século XVIII, o processo de escravização e de extinção dos povos indígenas que habitaram o estado do Rio de Janeiro, incluindo a região Sul Fluminense. Puri, Coropó, Arari e Coroado são algumas das etnias indígenas que habitavam região Sul Fluminense há muitos e muitos anos atrás, ou seja, são os antepassados mais próximos dos habitantes atuais de cidades como: Volta Redonda, Valença, Resende e Barra Mansa, entre outras. Trata-se de um documento importante para que se possa conhecer mais sobre a nossa ancestralidade, além de um material de pesquisa importante para os professores e estudantes se atualizarem sobre esse tema. No livro os leitores poderão conhecer também: vocabulário da etnia Puri (o maior grupo que habitava a região Sul Fluminense), ilustrações e perspectivas para o futuro de alguns poucos representantes desses povos que ainda se encontram entre nós. Os leitores também
Leia mais

Memórias Ancestrais & Urbanas

Imagem
A Estação das Artes, uma produtora cultural de Volta Redonda dirigida pelo Compositor e Produtor Cultural Sergio Vieira, implantou em Volta Redonda o maior projeto de arte urbana da região Sul Fluminense. Trata-se do Projeto Memórias Ancestrais & Urbanas, que foi o único da região do Médio Paraíba selecionado no Edital “Rua Cultural” da SECEC-RJ (Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do RJ) em todas as fases do edital, obtendo a nota máxima (100). O projeto proporcionou que dois imensos painéis fossem pintados na técnica grafite, sendo um em homenagem aos metalúrgicos, medindo 20 metros de altura por 18 metros de largura na fachada do prédio situado à Rua Neme Felipe nº 55 no bairro Aterrado, que foi pintado pelo artista urbano Marcelo Eco, do Rio de Janeiro, um dos mais conceituados do país. Um segundo painel em homenagem aos povos indígenas (os quais habitaram a nossa região desde o século XVIII) medindo 8 m de altura por 30m de largura também foi pintado na fachad
Leia mais

I FENASF - Festival Novos Autores Sul Fluminense

Imagem
  O Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro e Estação das Artes Produções, através da Lei Aldir Blanc, apresentam o I FENASF – Festival de Novos Autores do Sul Fluminense, que será realizado totalmente online e tem como objetivo principal a descoberta de novos autores da música popular brasileira da região Sul Fluminense/Médio Paraíba. O grande diferencial do I FENASF é o fato dele ser voltado tanto para a música vocal quanto para a música instrumental, já que a música instrumental brasileira, apesar de muito rica e admirada em todo o mundo, ainda carece de maior espaço. E aqui na região do Médio Paraíba temos excelentes compositores (as), cantores (as) e instrumentistas que querem mostrar o seu talento. A hora é agora!  Ao mesmo tempo, é sabido por todos que a pandemia da covid 19 vem afetando drasticamente a economia da região Sul Fluminense e do país, sendo que o setor cultural foi um dos mais prejud
Leia mais